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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Feliz Novo Humano

Sentiu como se estivesse acordando agora. Abriu os olhos, não os externos, mas os internos. Observou a noite que cercava suas convicções. Nada mais seria o mesmo, nenhuma certeza antiga seria renovada. Os passos na areia nunca estiveram tão fixos, certos e movediços. Os meses passaram instantemente, a vida estava completa. Completa de vazio. As poucas horas que o separavam do choque contra o chão, Ou da libertação absoluta do ser, estavam passando. O tempo corria, descontrolado como sempre foi. Os olhos vazios olhavam o horizonte negro, as estrelas brilhavam incólumes. Os fogos estouravam no horizonte. Mas ainda não era o tempo certo. Não era a verdade real. Ainda existia muito o que buscar, e sem dúvida, todos nós sabemos disso. 5, 4, 3, 2, 1

Poema do Fim do Mundo

Marcos ia para a padaria, Maria sonhava cair, Alessandra tinha ido dormir, Ana pensava em uma fantasia. Herói corria pela casa, Cristiane olhava o celular, Victor estava a brincar, Bruno tatuava uma asa. Larissa fumava um maço, Isabela jogava Xadrez, Elisa falava com Suarez, Daniel queria só um abraço. Eric escrevia um poema, Não chegou a term

Cair mais depressa

É como estar a beira do precipício, pronto pra pular ou pra voar. Não existe verdade em minhas ações, nem realidade em meus olhos. Não existe originalidade em meus sentimentos, nem unicidade em meu ser. Existe apenas um aparente destino à solidão. Parece que segurei demais nas margens do rio que é o destino, Rio esse que tem corrente forte, e quem nada contra a corrente é afogado. Parece que pintei demais no meu quadro, uma pintura que apenas é minha, E que o egoísmo impera em uma obra tão cheia de vazio. Parece que vou cair. Que eu caia rápido então. Ou que eu voe alto. "E quem não ensinardes a voar, ensinai-lhe... a cair mais depressa." - Assim Falou Zaratrusta - Nietzche