Feliz Novo Humano
Sentiu como se estivesse acordando agora. Abriu os olhos, não os externos, mas os internos. Observou a noite que cercava suas convicções. Nada mais seria o mesmo, nenhuma certeza antiga seria renovada. Os passos na areia nunca estiveram tão fixos, certos e movediços. Os meses passaram instantemente, a vida estava completa. Completa de vazio. As poucas horas que o separavam do choque contra o chão, Ou da libertação absoluta do ser, estavam passando. O tempo corria, descontrolado como sempre foi. Os olhos vazios olhavam o horizonte negro, as estrelas brilhavam incólumes. Os fogos estouravam no horizonte. Mas ainda não era o tempo certo. Não era a verdade real. Ainda existia muito o que buscar, e sem dúvida, todos nós sabemos disso. 5, 4, 3, 2, 1