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Mostrando postagens de agosto, 2013

Sinto sua falta

Das folhas grudadas na parede do meu ser Acabei deixando soltas pro vento levar Sem sequer por um minuto perder A esperança de sempre te admirar Os dias passam cheios Aqui continua vazio Preenchido de devaneios Está meu alívio Pra onde você fugiu Aqui estava tudo tão bem Não sei rimar nesse frio A lua ainda é anil As nuvens ainda são bobas O vento ainda sopra E o mar, de vento em popa

Princesa do Gelo

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Pode ser porque já é de madrugada, e eu não consigo mais ler as palavras do livro que esta em minhas mãos, as palavras agora não são nada mais que borrões. É então me lembrei de algo. Estava frio, não esse frio que sentimos, aquele real frio em que o vento parece cortar a pele. Minhas bochechas e nariz rosados, minha boca um pouco roxa, parecia que eu estava descalça em vez de tênis e meias, não sentia meus dedos. A blusa de frio não fazia mais diferença. Eu estava em uma floresta do lado de uma trilha, a natureza em sua totalidade. Ouvia o som de uma coruja, mas não sabia de onde o som vinha. Olhei para o céu, ele estava rosa, no mesmo instante olhei para o meu relógio, eram onze horas da noite. Rosa. O céu de negro para rosa. Hilário. Olhei para toda a natureza ao meu redor, e depois para o meu All-star velho e sujo em contraste com a grama.  Eu não sentia mais frio. Eu era frio, ele tinha me consumido. Eu gostava do frio e do céu rosa e da coruja. Me senti forte, e po

Lembrança

Amigo de infância Tão doce criança Brincava e rolava Nessa doce lembrança.  Doce Garota, vivia a sorrir Molhando na chuva Esperando surgir Doce lembrança. 

História Experimental: De Tarde Quero Descansar, Se o Vento ainda está Forte

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Era dia, na verdade, era uma tarde de domingo. Aquela tarde tediosa, em que o tempo não quer passar e o sol continua a invadir as casas com aquele vapor quente, soprado pelo vento, abafando a sala aonde duas pessoas assistiam televisão. Não era uma sala propriamente destacante, na verdade, os móveis eram velhos, recém-adquiridos de um topa-tudo, uma loja de muitas coisas usadas. As almofadas estavam meio gastas, e por isso, a dona do sofá colocava um pano em cima pra que a visita não visse os buracos. Um ventilador soprava lentamente um ar quente, cheio de poeira, tentando amenizar o calor. A televisão estava em cima de uma mesa de plástico, daquelas que ficam nos bares - que também estava com um pano pra não mostrar a mesa -, e a felicidade, ali se sentava cansada demais pra levantar.

História Experimental: Canyon

Dois amigos conversavam. Estavam à beira do Grand Canyon. - Então, acha que a queda machuca? - Sim, provavelmente mata. - Vai pular? - Queria que tivesse alguém lá embaixo pra me segurar. - Não tem - e então, esse empurrou o segundo.

História Experimental: Constelações

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Há um tempo - consideravelmente pequeno - atrás, existia uma casa. Era simples, apenas um andar, feita pelas mãos de seus próprios moradores. Existia um quintal belo, cheio de flores, que eram regadas todos os dias, nos primeiros raios de sol. A vizinhança era feita de casas muito parecidas com essa, e a rua era feita de terra batida. Quando chovia, as crianças corriam para fora para brincarem de barquinho, pular a poça, guerra de lama, navio pirata e corre-que-minha-mãe-ta-chegando-e-a-gente-ta-sujo-de-lama. Quando não chovia, as crianças corriam para fora pra brincarem de pique-pega, esconde-esconde, peão, amarelinha, bambolê, bola de gude e tudo o que a imaginação deixasse.

Críticas às Classes - Usando a criatividade

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Alerta - Texto Grande - Se não tiver ânimo, não leia Antes de tudo, não sou um cientista social nem cientista do estado, não ligo pra imparcialidade que é um grande lixo, nem anseio fazer uma análise impessoal. Toda análise é pessoal, toda visão é através de algum olho. Toda melhor análise humana, não atende o objetivo se não provocar desconcerto. No Brasil, existem 6 classes, nomeadas de A a F. Para entendê-las completamente, não se pode apenas ler sobre elas, você deve as ver, examinar, elogiar e criticar.

Lifehouse - You and Me

Cause it's you and me and all of the people With nothing to do, nothing to lose And it's you and me and all of the people and I don't know why I can't keep my eyes off of you What day is it? And in what month? This clock never seemed so alive

Ah

Poucas coisas o seguram agora. Estava à beira do desconhecido, preenchido de escuridão, não se sabia se era ele ou fora. O tempo voava, solto, acordou e já era tarde. Tarde. Levantou, traçou uma linha na realidade, mas até a realidade não era plana mais, se contorcia, gritava, berrava. GRITAVA. As ligações piscavam no celular, as mensagens, que horas eram? É, era tarde. Os olhos se fechavam aos poucos, induzindo ao coma profundo do sono. Precisava sair. Pegou a bicicleta e partiu.