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Mostrando postagens de 2015

Ícarus - Anno 2015

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Esse foi o ano em que mais uma vez busquei o passado, tentando resgatar ao menos uma parte de quem era. Descobri ser impossível tal tarefa. Existem nebulosas obscuras que nos separavam do passado. Se pudesse resumir em uma palavra para descrever esse ano, seria solidão. A solidão me levou ao fundo do poço em diversos momentos. Me perdi por entre as veredas da alma. Fez com que me perdesse tantas vezes. E houveram momentos em que deitava de noite no colchão, pedindo que tudo acabasse na escuridão. Ela me guiou também para a porta. Por mais estranho que possa parecer, ela foi o carcereiro e também o libertador. Aproximando-me da porta, desconfiei se seguro seria. Quando a abri e deu o primeiro passo ao lado de fora, me vi caindo em um abismo aterrador. Sorte que nesse ano reaprendi a voar. E nos meus sonhos todas as noites, ergo minhas asas para a noite e digo adeus. Obrigado vida, por me alar. Ergo-me novo. Viajo para longe hoje. Porém não para fugir, como antes

Interlúdio

Voe Como tudo na vida precisa de pausa Aqui temos uma Até dia 31 ^ Croatt

33313

Te deixei uma rosa crua nua ao luar O calor derreteu as pétalas de cera E o peito abriu em pequenas frestas Cheia de pressa se aproximas Talvez a chance de acontecer Seja tão pequena, que sonhar De nada adianta Sempre poder te amar, mas nunca a ti sentir nem sequer a ti tocar Então voar

Melvim Brito - ainda habita.

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respirafundo

chove que encharca o quintal cheiro de grama molhada alma que respira mundo

Onde suspirar

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As fotos do passado não machucam mais

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E esse vento que distorce as memórias....

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Amado - Vanessa Da Mata (Cover)

Música: Rubel - Quanto Bate Aquela Saudade

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Tentativa de rimas idiotas

Veja bem, meu bem O sagrado existe aqui enfim Existe porque sinto dele o sorriso aquém por ter sido tão esquecido por Jasmin Espera-se que Aladim não o saiba Afinal, quem quer viver fora de um conto de fadas? Ah, doce jardim de borboletas Que meu traço pouco deseja Preto e branco são sempre simples Com cores tudo se almeja Seja minha por apenas mais uma noite Prometo não ser assim um peso tão grande Saberia dizer se foi ontem? Que no meio da noite ouvistes meu pranto?

Pena

Somos tão jovens É uma pena estarmos trancafiados Com um sentimento alerta Como se sempre atrasados Prefiro que você vá lá fora Respirar o ar da madrugada comigo Do que viver nessa caixinha de cimento Ao redor do próprio umbigo

Já olhou a areia com lupa?

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Criando o Sagrado - Música: César Lacerda - Algo a Dois

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O que? Você achava que eu não acreditava no que é sagrado? Eu não preciso acreditar. Eu sinto.

Destruindo o Sagrado

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Não pode se buscar definir algo que seja tão abstrato como um conceito humano.  O que venho tentar fazer aqui é de alguma forma partir de algum lugar.  Imagine que você precise ir até a casa de um amigo. Para colocar a rota no Google Maps, você precisa de um ponto de partida e um ponto de chegada, não é? Bom, o mesmo acontece na ciência e em todo tipo de texto que realmente queira dizer alguma coisa.  Ele deve partir de um lugar conhecido ou pelo menos, falar de onde parte. Busco então o primeiro conceito: O que é sagrado? Imaginando que sagrado seja apenas uma palavra dita por seres humanos (nenhum outro animal "adora" objetos como o ser humano) temos que usar algo humano para analisar. Observe que objeto não quer dizer item, quer dizer algo que se analisa, ou que se busca analisar. Tudo bem. Sagrado é basicamente algo que você chama assim pra justificar uma certa superioridade. Porém, se você ver a vida de uma maneira simples e direta, pode claramente p

Abra os braços e envolva a escuridão

A parte mais difícil de se tornar um monstro é deixar o que nos torna humanos para trás. O corpo e seus limites, o corpo e suas fronteiras. A verde mossa que chamamos de verdade. E tudo uma repetição do que nunca seremos.

Você viu onde deixei o peso que carregava?

Olhei novamente nossas fotos. Uma certa paz me invadiu quando as comparei com suas fotos atuais. Você estava linda em ambas, mas não foi daí que veio a paz. Veio quando percebi que seu sorriso era mais sincero e verdadeira hoje. Quando notei que você é mais feliz hoje com ele do que jamais foi ou seria comigo. Estranhamente, me senti bem. Achei que fosse egoísta. Que me sentiria mau. Mas meu coração realmente se acalmou. Foi como se um peso enorme saísse dos meus ombros. Não litelramente, pois ainda estou aqui encostado em uma das paredes externas do IGC com uma mochila pesada nas costas, em direção ao restaurante novo. Às vezes nós superestimamos nossa importância. Percebo isso agora. Achamos que o estrago que fazemos nas vidas das pessoas são eternos. Não são. Nada é eterno. É a simples Lei da Entropia. A energia em um sistema aberto tende a se dispersar para estamos mais baixos e distribuídos caoticamente. Nós também. Tendemos a nos tornar memória tão massivas e pesadas em frag

- Você consegue ver todas as cores?

Acredito que sempre vi as pessoas em preto e branco. Me recusei a ver a complexidade das cores que na maioria das vezes descrevia melhor a individualidade que compõe cada ser. Penso que isso me fez ter medo delas. Talvez eu me afastasse por esse motivo. Olho agora e me pergunto quanta "cor" perdi por desconsiderar as memórias e a vida delas? Sinto falta de ter o mundo na palma da mão. É um sentimento que tenho há um certo tempo de épocas em que as vidas eram simples e a realidade parecia todo dia ser incrível. Mas vejo que o mundo preto e branco era o que eu tinha na mão. Um mundo que desconsiderava a capacidade de cada um, em sentir. Um novo mundo se abre diante dos olhos. Peço perdão pela ambição... Mas anseio conhecê-lo por completo.

A tênue vida entre o topo do mundo e o fundo do poço

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Pode ser que algumas vezes ele tenha sequer ao menos pensado nas conseqüências de seus atos, mas na verdade, tudo que ele queria era ser aceito. Era bem simples, palavras demais eram coisas que preocupavam mais do que explicavam e palavras, de menos, eram silêncio, paz, verdade e interesse. Se você se perguntasse caso tudo era de verdade, era possível que você não descobrisse se era possível saber. Não, não era. Claro que não. Nada fazia tão pouco sentido. Você só pode se perguntar até certo ponto sobre a vida. Todo o resto é uma simples brincadeira demoníaca de duas pessoas disputando o futuro do subverso. E você aí se perguntando se a vida tem qualquer sentido... na verdade você está só. E apenas uma pequena fração da sua vida te pertence. O que você vai fazer? Vai dizer pra alguém que você quer ir embora? Vai escrever dizendo que tudo é ruim, tudo é mal, sobre como se sente? O que vai fazer a respeito, meu caro? Acredito que se você realmente analisar a si

O Monstro do Interior

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Cada um de vós tens um monstro que veste vossa pele. Eis que se esconde entre as pequenas e ligeiras ações, Brincando de Deus com vosso corpo, Manipulando o que sentes e o que penseis. Estou a brincar. Eis que não há monstro algum. Tudo que há é vós mesmos. Vós sóis vossos próprios monstros.

"Elle me dit, qu'elle aimerait changer d'air"

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Mais uma noite Onde anoitece o peito Os sons ecoam na cela Nenhum lugar pra onde fugir Existe sim uma história Unicamente contada pra pequenas crianças Três mil anos atrás um jovem se levantou de sua cama Ele se perguntou qual era a verdade fundamental Após vários anos pensando sobre tal questão Morreu, sem dizer encontrar a resposta Ontem estava pensando também, mas hoje, encontrei

Ben L'Oncle Soul - Quelques mots

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Piadas contra oprimidos ou opressores? - O humor como arma

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Problemas com Validade

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Eu me encontro num certo momento da vida, que me pergunto se haverá algum dia muito distante, em que tanto tempo terá passado, que todos nossos erros, mentiras e falhas de caráter serão esquecidos. Me pergunto também se eu ainda estarei vivo quando esse dia chegar e as pessoas pra quem eu cometi tantos erros, contei tantas mentiras e tive tantas falhas, estarão lá ainda, vivas. Com os braços abertos, prontos à esquecer e perdoar. Sei que não devia me basear nesses momentos para viver, mas parece inevitável carregar tanta culpa. É como quando se tenta voar e as algemas continuam presas ao chão. Já disseram ser fácil. É apenas ligar o "botão foda-se". Calma, explico: o botão foda-se é na verdade a idéia de que você não precisa se preocupar. Em palavras mais simples: Carpe Diem. Porém, procuro algo parecido por aqui. Não há. Não é estranho que para cada pessoa exista um tipo de dinâmica sentimental, um jeito de sentir individual. E quando eu olho aqui, não há válvula

História Experimental: Não é mais preciso fugir

Eu a conheci na chuva. Não que isso mudasse o fato dela ter batido o carro na traseira do meu. Esse fato apenas aumentava um pouco da raiva que sentia... antes de descer do carro, e vê-la. Ela estava lá. Parada. Olhando pra mim preocupada, enquanto a chuva molhava seus cabelos, grudando-os em seu rosto. Aqueles cabelos negros e aquela tempestade castanha de seus olhos... Eu não soube o que dizer na hora. Eu não sabia sequer se meu carro havia realmente batido. O que eu pude fazer foi olhar pra ela e me perguntar onde ela estava esse tempo todo, e porque apenas um acidente tão bobo me faria conhecê-la. Eu não sei mais. Não sei mais se existem coisas certas, erradas e uma linha supostamente grossa entre ambas. Naquele momento quando eu a olhei através dos pingos da chuva fria que caía naquela manhã e senti sua voz preocupada sussurrar que iria perder a carteira provisória, tudo que eu queria fazer era abraçá-la. Pedir que ficasse mais um pouc

Asteroide B 613

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Havia um certo tempo que me perguntava sobre a nossa existência, se somos reais. Deslizava pelas ruas, pensando governar minha própria vida. Pensava que os sorrisos eram sempre verdadeiros e a existência era tão simples que se poderia respirar profundamente, sem se preocupar com os dedos escorrendo pelo meu corpo de vidro. É como quando a via... me tornava um pouco mais quebradiço. Quão longe um homem pode ir, do lugar de onde nasceu? Ele pode entrar em um navio e queimar, do próprio peito, as lembranças de quem um dia foi. Mas seria possível saber se o peito, ao fim da queimada, estaria completamente novo? Eu a vi hoje. Ela dançava com sua expressão corporal pura. Dançava com seus sentimentos. Eram sentimentos monstruosos, mas inocentes. A forma de sua alma ficava escondida por baixo de algumas camadas transparentes. Elas estavam lá... uma bailarina de cristal, com a alma e asas presas dentro da pele translúcida. O que fazer quando seu corpo é transparente e sua

Que chegasse logo

Ela passou do meu lado, e eu não a vi. Estava entretido, olhando pros meus próprios pés. Eles estavam particularmente estranhos naquele dia, pareciam mais próximos do meu rosto. Talvez fosse o óculos de grau. O chão parecia dizer-me que aquele era meu lugar, era hora de cortar as asas e nunca mais voar. A Engenharia prometia sonhos no futuro como uma religião promete o paraíso no final. Os sonhos eram como folhas nas árvores da Escola de Engenharia. Caíam por terra na primeira chuva. Os desgarrados, nesse meio de setembro, caíam logo na segunda chuva. Os sonhos e objetivos morriam e todos nós pensávamos que existia liberdade. Só havia crueldade e destruição. O sonho era inevitável. Inevitável. Os olhos fechavam e a aula escorregava para o fim. Doce fim. Que chegasse logo.

História Experimental: Stalker Platônico

Eu estava no ponto de ônibus quando vi ela sentada ao meu lado. A observava mexendo no celular e ajeitando o cabelo, até que reparou em mim. - Oi? - Ela me disse, com gentileza e beleza - Porque você está me encarando? Os olhos castanhos dela se viraram para outra direção quando não a respondi. Eram olhos belos, refletiam a luz que atravessava as árvores próximas de onde estávamos. Em seguida, a tempestade castanha neles olharam para os meus novamente. Um arrepio correu meu corpo. - Menino estranho! - Ela mudou para o lado mais distante no banco enquanto continuei a olhá-la. Em seu rosto, suas belas sobrancelhas se enrugaram e de sua boca saiu um suspiro longo. Como se todo ar do mundo não fosse o bastante para me mostrar quanta paz havia em seu peito. Ela olhou para mim querendo arrancar meu coração. Mal sabia ela que já havia arrancado. - PARA DE ME OLHAR! - Ela dizia com sua voz doce e alta enquanto se levantava e vinha em minha direção com o pequeno e

Escola de Engenharia

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Sempre que penso na escola de engenharia, penso em compará-la aos outros prédios. A maioria dos edifícios contém uma parte verde e ambiental dentro de si. Um pouco de plantas, tanto para refrescar o ambiente, quanto para decorar. A escola de engenharia foge esse padrão. Ela tem todas as plantas do lado de fora do prédio e do lado de dentro, apenas há cores em tons de cinza e os corredores de alguns blocos terminam em paredes fechadas com uma greta de vidro que supostamente era para iluminar o interior. É como uma analogia para a alma que nos é pedida. Por fora, pode ter plantas à vontade. Aqui dentro, deve ter apenas cinza. Ou cinzas. Sempre entro no elevador e sinto odores interessantes. A maioria dos elevadores foram construídos em um poço que de algum modo, todo calor e odor se acumula em seu interior. Todos os dias, quando passo pelo elevador às 10h da manhã, sinto o cheiro forte do shampoo usado um cabelo volumoso e crespo que acabou de sair do elevador. Qua

Une nuit j'ai besoin

Une nuit j'ai besoin d'une personne que va parler "tous va être bien" Une nuit j'ai besoin aussi... de croie.

Erik, the Red 2 - #2

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Leia aqui o primeiro capítulo "Então essas são suas asas. Triste serem tatuadas e presas. Asas de verdade, são feitas pra voar." -- Conta-se certa vez que um humano se apaixonou pela Lua. Em uma noite qualquer, a lua deitou-se em sua cama.  A lua o observava há muito tempo. Ela o cobria quando tinha pesadelos, o amava enquanto sonhava e dava um beijo no queixo quando fazia frio durante a noite, até o dia em que tentou aquecê-lo. Porém ela era fria. Estava distante em seu leito lunar. Em uma noite, ela se ergueu de seu véu estrelado e atravessou as escadas das dimensões em direção ao plano humano, para conhecer aquele que a tanto perturbava. Mal sabia, mas Destino o fez acordar. Talvez insônia, talvez só precisava de ver sua musa mais uma vez no céu. Quando abriu seus olhos, admirou-se ao vê-la ao seu lado. Era sincera. Profundamente sincera. Seus olhos eram puros, tão intocáveis quanto sua pele. Curvas suavemente parabólicas, quase... não, definitivamente eram p

Confissões sobre a Vida e sobre a Universidade

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Acho que o grande problema sempre foi a tentativa de quantificar os sentimentos. Tentar colocá-los em algum tipo de análise correta, uma forma de se guiar pelas palavras pra poder separar cada um em sua caixa, cada um em seu arquivo específico, muito bem classificado. Não, de maneira alguma. Hoje, eu sei que isso nunca daria certo, mas nunca tive qualquer tipo de esperança em relação à quantificar todos. Eu apenas queria entender os que eu sentia. E ainda quero. Acho inclusive que isso tornou-se meu objetivo de vida... de alguma forma, tem coisas que a gente só sente. Mas entre toda essa rotina de faculdade todos os dias, a falta de desafio e a constante droga de obediência que te enfiam pela garganta à baixo, eu pensei ser possível sobreviver. Não é. Não existe um ser humano completamente sadio que cumpra essa rotina.  Olho para o lado, todos meus colegas que acompanham as matérias do período tem olheiras e constante cansaço. Todos os meus outros colegas que n

PROJETO FOTOGRÁFICO - UFMGDETODODIA - DIA 2 - 24/11/2015 - 17 fotos

Todas as fotos disponíveis em: http://s659.photobucket.com/user/ericx120/UFMGD2/story

PROJETO FOTOGRÁFICO - UFMGDETODODIA - DIA 1 - 23/11/2015 - 69 FOTOS

Todas as fotos podem ser acessadas em: http://s659.photobucket.com/user/ericx120/UFMG/story

Confissões do Vazio sem amor

Às vezes sinto que meu caminho é só. Sinto que a solidão vai me acompanhar pra sempre, como a certeza da morte, que sussurra na nuca: "Estou aqui". Mas a solidão é um pouco mais cruel, ela diz um pouco mais além: "Sempre estive, amor". O pouco que resta de mim reconhece, não há lugar pra onde fugir. Não há verdade que justifique, nem mentiras para se iludir. Tudo que me espera é o vazio. Infelizmente, o vazio sem o amor .

Voler

<< Fly Away >> ma petite fille, je ne peux pas aller avec toi. Si vous pouvez voler, maintenant tu dois ouvrir ton ailes. Avant que tous finira, je pense que il y a des temps pour chanter une nouvelle musique.

Carry Me - Ben L'Oncle Soul -- Tradução Livre por Croatt

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I was down, Deep in my heart, I Went through a hard time I carry on Just like you, Weeping the whole time Weeping on the inside Right in front of you And the writings on the wall But I know I'm not about to fall No, I'm not about to fall Not today 'Cause if you care for me I will never have to let you go 'Cause if you believe me I will never have to let you go Can you carry me? 'Cause I don't wanna do it on my own But if you don't help me Then I'm gonna have to let you go I hope you might realize Oh, with your hawk eyes, yeah And the carefree heart That I need you babe Need you to break out of your mind Just deciding, Now, now is time 'Cause, 'cause the writings on the wall Well, it makes no sense at all No, no, no sense at all Not for me 'Cause if you care for me I will never ever let you go 'Cause if you believe me I will never ever let you go Can you

História Experimental: Raquel

Raquel amava tudo o que seu nome rimava. Ela olhava pro céu, da manhã até a tarde. De noite gostava das estrelas em seu véu. De dia andava pela cidade com seu pincel. Tornava, dos muros, uma história sem papel. Raquel era doce como ursos de mel e cantava tão alto no chuveiro, que o senhor Manoel - morador do prédio do quarteirão seguinte - sempre elogiava. Um dia, Raquel entrou num mausoléu. Descobriu que nem tudo que seu nome rimava, devia gostar. Na verdade, quanto sua vida mais tardava, Percebia que havia pouco que rimava. Um dia, Raquel disse para alguém, que o amava. E percebeu que mesmo sem rimar, A história dos dois, Estava destinada.

Mini Histórias Experimentais #1

Há algo que não pode ser dito sobre o inferno. O modo como ele cresce dentro dos homens. Consome cada espaço livre e calmo. E no fim, quebra a traquéia e sufoca. O ar dentro do peito inflama-se. A morte chega com aqueles olhos de tempestade castanha, diz: - Eu nunca vou te levar. -- A apatia vai cobrir o mundo com um lençol de ignorância e então, tudo vai acabar. -- O jazz expressa um pouco da loucura interior. Destrói essa idéia de que tudo poderia ser ou é normal. Dizem que tudo teve que ser revisto depois que ele nasceu. Quem achava que tinha luz, descobriu-se em pleno breu. Rima idiota. -- Duas pessoas andam na rua, Se cruzam indo em direções diferentes, Sem se olhar.

História Experimental: A Lenda do Invisível

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Dizem que já há muitos anos anos, em festas, comemorações e eventos, existe um ser humano responsável por se ocupar em ser invisível.  -- Ele vaga pelo salão procurando vítimas inocentes que permanecem para sempre não o vendo. Anda pelas beiradas. Atravessa entre grupos que estejam de costas. Com seus pés, não faz nenhum barulho. Pensa porque foi ali, e ter pago tanto dinheiro numa festa que não conhece ninguém. Olha para algumas meninas e as de bigode olham de volta, conclui que não está fazendo um bom trabalho em ser invisível e muda de lugar da festa. A música toca a noite toda, mal se entende quando se tem mais álcool do que sangue nas veias. Os barulhos vão aumentando, os movimentos aumentando. Parece que toda a festa se tornou uma enorme massa que se uniu para virar um monstro de lama radioativa. A enorme massa grita "vamos tirar uma selfie/vamos dançar/ihuuu/yeah/você sempre vem aqui?/eu faço Letras/qual o seu nome?/você é linda/você é idiota/vai lá nela idiota&q

Um dia desses, no Tinder

- Somos infinitos ou somos abstrações? - Abstrações. Cada qual com sua peculiaridade, que pode fazer diferença no mundo ou não. Mas tão complexos, que nos tornamos abstratos. De repente o outro deixa de fazer sentido. E aos nossos olhos distantes, parecem interações animadas. - Mas então, somos abstrações a partir do que? Se não, do outro? - Somos abstrações de nós mesmos. Abstrações do nosso interior incompreensível e infinito. Somos ambos, infinitos e abstrações.

Fantasmas

Três sonhos em uma noite. O primeiro eu estava na sala dos pais dela eles estavam sérios enquanto eu pedia para namorar a filha deles. Lembro e ouço, pois era uma memória que minha cabeça resolveu reviver. Ela perto de mim, seu pai dizendo que éramos muito novos mas concordavam. No sonho ele fazia algo diferente ao fim. Vinha até mim e pedia que eu nunca machucasse sua filha. Eu acordo com o alarme alto, mas desligo e volto à dormir. No segundo sonho, nada havia acontecido, nunca havíamos terminado. A culpa havia me consumido e toda minha tristeza havia destruído minha vida. Eu a via, ela estava feliz, e era a única coisa que importava no mundo. Ela não me respeitava mais, nem meus sentimentos, afinal, eu estava vazio. Acordei sem ar, tentei respirar, não consegui. Gritei. Era um sonho dentro de um sonho. Acordei com falta de ar e com o fim do grito que nunca havia sido dado na garganta. Tentei dormir, já era hora de ter começado a tomar banho, mas eu precisava voltar. No terceiro

História Experimental: Sobre a beleza do Universo

Ela sempre meditava nua. Ele sempre perdia a meditação. Como ele podia mergulhar no vazio com uma deusa completamente despida na distância de inclinar-se-e-beijá-la centímetros na sua frente?  O corpo dela era uma obra de arte, dessas reais, que você sente simplesmente ao olhá-la. Seus seios inclinavam-se um pouco para frente e para baixo. As curvas de seu corpo eram desenhadas por mãos sem medo. Antes da cintura, a curva que mergulhava ao final das costelas e emergia logo pelo fim de seu quadril, para unir-se à curva da sua perna, com tanta elegância. Seu sorriso era grande, sabia que ele estava olhando-a, mesmo de olhos fechados. - Você está meditando? - ela perguntou sorrindo. - Sobre a beleza do Universo...

uma parte inteira de mim

Doce noite, Porque se afasta de mim? Sem teus sonhos e pesadelos Pouco ou nada sou e tudo que sobra é o fim

je fais des rêves qui me donne des ailes

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"je fais des rêves qui me donne des ailes J'aime rencontrer au détour d'une rue le regard d'une belle inconnue" Je ne sais pas madame. Je ne sais pas qu'est-ce que tu veux de moi. Il y a des moments que tous que je pense c'était dans le fin. Oui, c'est ça, le fin de tous les choses. Maintenant sont 1h23 et tous que je pensais est tous cettes personnes que j'ai menti. Porquoi tous cettes mensonges, beaucoup de fois que je peux être moi même et j'ai m'habillé la piel d'un autre personne? Non, cette chemin n'a rien de sens. La nuit entre dans l'âme, petite a petite. Vous arrivez dans votre maison, vous n'avez pas moyen d'entrer, vous essayez d'appeler de la personne que vous aimez... Vous n'avez pas de credit. Non. C'est fini. Tous les sens de la vie, sont fini. Excuse-moi... Je ne sais pas plus qu'est-ce que je fais. Je suis totalment perdu.

Suzanne Vega - Toms Diner

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As coisas que eu sei

Que seja Eterno

Tudo é passível de tornar-se pó. É tão doce o tempo que a mim resta, E ao mesmo tempo tão amarga esta espera  que por ti faço. Quando é que você chega amor? Se chegar, peço que nunca parta. Partilhe da mesma cama,  do mesmo corpo e da mesma vida. Mas se o dia vier e tiver de partir, Que seja lenta e sem pressa. Pra que teu perfume e tuas palavras, Para sempre vivam dentro de mim.

Imagine Dragons - Shots

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I'm sorry for everything, oh everything I've done From the second that I was born It seems I had a loaded gun And then I shot, shot, shot a hole through everything I loved

Ygg

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A velha árvore de pensamentos era o lugar preferido de Ygg. Para chegar até ela, o trajeto através da floresta de Mohn era o único caminho. Aliás, arriscado e perigoso para quaisquer viajantes inadvertidos. Sabia-se que muitos dos povos que viviam em Mohn eram descendentes de antigos ladrões. - "Éramos todos pequenas crianças quando de Lah saímos" - Um dos pensamentos flutuava liquidamente abaixo da copa frondosa da árvore. A voz inundava o pequeno abrigo onde estava Ygg - "Lah era bom: terras verdades e sem muros" - Ygg gostava de ouví-la. Era uma voz forte, que estrondeava e retumbava nas raízes em que estava deitado. - "Será que ele gosta de mim?" - Uma voz feminina encheu o ar... Ygg curioso levantou suas orelhas marrons e felpudas. Ele às vezes queria que não fossem só vozes, queria ver quem teve aqueles pensamentos - "Acho que vou ignorá-lo, ele mer...". Os pensamentos eram como animais derretidos que flutuavam constantemen