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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

Adeus Lagartixinha

Era pra ser uma noite comum. Quando me levantei da cadeira da escrivaninha, lá estava você na janela. Não me olhava, apenas permanecia imóvel como se não tivesse sido vista. Peguei um pote que uso para misturar as cores, das tintas guaches da minha gaveta, e cheirei para ver se você também suportaria o odor durante o tempo de te levar à outro lugar. Tudo pronto e começo a aproximar lentamente o pote de você. Como não olhou para mim, deve achar que está invisível ainda. Demoro um pouco até colocar a tampa e deixo ela um pouco solta, pra você não precisar de respirar tinta aí dentro. Sempre achei que você não poderia fazer mal nenhum à homens grandes como eu, por isso eu até pegaria a ti em minha mão com todo carinho. Mas por prevenção, levo você até a área de serviço e seguro a ti dentro do ponte enquanto abro a porta do apartamento. Quando abro, percebo que estou de cueca. Espero que nenhum vizinho chegue por agora no corredor. Levo o pote até a escada do corredor prédio e t