30 dias na França


Sobre estes trinta dias, posso dizer que não os vi passar
Às vezes eu sinto que ainda não caiu a ficha
Pra mim parecem as mesmas pessoas
Os mesmos lugares, as mesmas conversas
Embora o idioma claramente seja diferente

Ainda existem a galera das festinhas, a galera alternativa
Existem os romances e histórias estilo Malhação
As meninas-linzias, os caras-bombocos
Ainda me sinto um outsider como me sentia na UFMG, 
Olhando a vida por fora sem realmente vivê-la

Os costumes são diferentes, 
Como quando começo uma risada alta e longa,
As pessoas acham que não acreditei, mas na verdade só achei muito engraçado

Quando dou "beleza" com o dedão, o rosto deles me olha como "o que ele quis dizer com isso?"
(Existe algo belo nisso, algumas expressões do rosto continuam fáceis de serem lidas)

Existe também toda uma gesticulação com ar na boca, puxadas fortes de ar indicam surpresa,
Puxadas leves de ar com cuspe pra preparar pra falar algo amigável ou óbvio
"Tak tak tak tak" no lugar de "ok ok ok"

Mas acho que isso, embora diferente, nem é tão marcante

O mais marcante foi que nesse último mês
Só ganhei um abraço

Isso foi o que mais doeu, o que mais senti falta
Nesse mês quase sem abraços

Comentários

  1. Vontade aqui não falta de te abraçar filho! Você apenas gosta de observar...está vivendo. Bjosss te amo

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  2. Meu mano, em breve vamos dar aquele abraço e sempre muitas risadas!

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