New York City

 


Tuas ruas me deixaram um pouco atordoado. Quanta contradição em uma mesma cidade. A riqueza, a beleza e o espetáculo absoluto das suas ruas me fizeram pensar sobre todas as tuas tantas possibilidades. Entre prédios absurdamente altos, em tuas ruas impossivelmente retas e teus habitantes tão dinâmicos e confiantes em si, New York, és uma das minhas mais belas viagens.

Cheguei durante a tarde pelo aeroporto JFK. O aeroporto não tem uma conexão direta com a cidade, você precisa pegar o AirTrain durante uma dezena de minutos para ir até a estação Jamaica. Em seguida você precisa sair do AirTrain, descer varias escadas (acho que três ou quatro no total) passando por fora da estação e ja encontrando uma das contradições de Nova Iorque : Moradores de rua logo na saída da estação e um cheio forte de maconha. Depois de pegar a linha J ou a linha E pra chegar até NY, você ainda vai levar uma hora mais ou menos pra chegar em Manhattan.

Em Manhattan, as ruas continuam sujas, os moradores da rua ainda estão presentes e as contradições entre uma ilha tão rica começam a aparecer. Arranha-céus imensos que te fazem levantar a cabeça quase 180 graus em relação ao seu corpo. 

Acho que a principal diferença que eu sinto desde o começo é qual posição é atribuída ao pedestre desde que este chega aos pés da cidade. Ele é um intruso que busca seu proprio espaço. Apesar das tentativas da cidade de traçar linhas bem definidas na rua pra determinar qual é o espaço do pedestre e até colocar vasos de plantas pra marcar esses espaços, a cidade tomada pelos carros e caminhões imensos assusta e torna a vida barulhenta, agitada e maluca.


O metro é rapido mas a experiência nao é agradável. Alias, se houver no mundo uma experiência de metro agradável, me digam, gostaria de descobrir. A cidade se abre a cada vez que você sai do metrô pra superficie. Lojas estao à disposição 24h do dia, as ruas cheias de pessoas saindo de casa ou voltando pra casa. A cidade vive.


E ao mesmo tempo, a opressão impera sobre os pedestres. Em uma manhã, decidi de passear pela borda do rio Hudson. Apesar da proximidade com a agua, a visão era completamente tomada pelas avenidas flutuantes aos arredores da ponte de Brooklin. A cidade se apresenta bem àqueles que são capazes de observá-la do alto ou através da janela de um carro. Ela se apresenta um pouco menos agradável aos humanos simples que cruzam as ruas.


E apesar desses pequenos bemóis, ainda sim é uma cidade incrível. Pronta pra ser descoberta pelos mais bravos, por aqueles que estão dispostos à descobrir seus mistérios. 



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