O frasco, a abelha e o relógio
Bem-vindo à mais uma analogia.
Ao simples e dramático palco da vida, nascem, existem, passam e morrem pessoas. O tempo passa, as coisas são ganhadas, as coisas são perdidas.
Um frasco, uma abelha e um relógio.
A Terra, os seres humanos e o tempo.
Em um justo e pequeno instante a sua visão pode ser alterada, assim como seu possível futuro. Imagine que a mão, seja Deus, ou a quem você queira acreditar, uma espécie de controle para o simples caos de todo o Universo, ou o próprio caos.
O frasco, um simples objeto feito para capturar ou armazenar coisas. Ou a Terra, um simples planeta feito para armazenar seres. É estranho e deveras curioso que o único planeta onde o ar é respiratório em milhares de anos-luz seja aqui e se chame Terra.
Se a abelha estiver fazendo muito barulho, uma simples balançada e a própria abelha ficava imóvel novamente, resumindo em sua insignificância. Uma simples abelha, um simples ser humano, precisa ser controlado, mesmo que faça baderna, ou diga que controle é ruim, de uma certa forma, todos são controlados por um padrão necessário para a sociedade capitalista.
O relógio, a simples e amaldiçoada forma de se expressar o tempo. O tempo não pára. Ele nunca espera, e simplesmente avança enquanto suas células se deterioram juntamente à medida que ele passa. Nenhum ser humano está fora dele, e se algum dia alguém estiver, esse alguém deixaria de ser um ser humano.
A simples e básica lógica de que estamos presos sem escolha, em um planeta que era perfeito, e que um pouco dessa perfeição ainda existe em certos lugares. À mercê do tempo e com idéias extravagantes.
Cada sol que levanta e cai no horizonte me lembra que estou perto do fim. Mas para todo o fim, existem começos. E em cada manhã, uma nova esperança.
Excelente texto, embora eu tenha trauma de abelhas. Contudo não me sinto preso ao mundo. Acho que nós mesmos forjamos nossas correntes.
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