Hipóteses sem sono

Tenho sono. O cansaço acaba de penetrar meus ossos.
Talvez sejam as coisas novas, ou o velho brilho sujo e fosco das coisas que sempre foram assim.
Ouço os sons mais distantes enquanto escrevo. A mesma sensação dos dias em que minha alma ficava pendurada no quadro de isopor, em pedaços de papel, por alfinetes. Talvez não a mesma. Agora não há dor. Há só a distância entre a (c)Alma e o (ir)Real.

Tão pouco tempo, um trecho tão curto de tempo. Eu aqui, nessa noite de olhos fechados.
Tentando sentir esse ligeiro, quase imperceptível, vento.

É só solidão Eric. Aquela que sempre acompanha.

Aquele colchão de espinhos que apoiamos na aresta.
Aquele tapete de espinhos pequenos que forramos o abismo.
Aquela corda de espinhos pequenos que equilibramos perante a inevitável queda.

(Essa frase mudou tantas vezes antes e depois que a escrevi)

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