Um mundo sem Tabaco

Se o mundo inteiro pusesse cigarros, charutos e cachimbos na ilegalidade de uma hora para outra, milhões de vidas seriam poupadas. Mas é provável que o custo fosse alto demais, já que algo precisaria ser feito com mais de 1 bilhão de viciados e criminosos em potencial. Fabricantes e usuários seriam empurrados para a clandestinidade.

Na década de 1920, quando a venda de bebidas alcoólicas foi proibida em solo americano, o crime organizado aproveitou para encher os bolsos no mercado negro.


Rede de abastecimento

Assim como há plantações de coca e maconha, o tabaco seguirá ocupando parte da terra arada. Hoje, os 5 maiores produtores são: China, Índia, Brasil, EUA e Turquia. Caso o fumo fosse proibido, os EUA poderiam rastrear as plantações ilegais – mas não os países pobres. É provável que o maior produtor continuasse sendo a China, que tem, sozinha, 35% das plantações.


Hordas de viciados

Todo mundo teria amigos e familiares "drogados": os fumantes clandestinos seriam muito mais numerosos que os usuários de outras drogas, já que há 1,3 bilhão de tabagistas no mundo. A ilegalidade e o provável aumento no preço faria muita gente largar o vício. Mas o processo seria demorado e difícil – segundo alguns estudos, a nicotina causa tanta ou mais dependência do que substâncias como a heroína.


Apoio aos dependentes

Doenças relacionadas ao tabaco matam 5 milhões de pessoas por ano. A proibição reduziria drasticamente esses números, mas seria necessária a criação de centros de atendimento aos dependentes, nos moldes dos que existem hoje para usuários de outras drogas ilegais. Também deveriam surgir grupos de ajuda para quem não conseguisse deixar o vício.


Combate ao tráfico

A proibição aumentaria – e muito – o comércio ilegal de produtos de tabaco. Para reprimir o tráfico, seria preciso fortalecer as polícias, criando departamentos especiais para essa função. Além disso, os órgãos de repressão do mundo todo teriam de trabalhar juntos. Para fiscalizar o consumo, só pondo mais policiais nas ruas.


Coisa de bandido

As vendas mundiais das 3 maiores fabricantes de cigarros somam mais de 120 bilhões de dólares anuais. Se o tabaco fosse proibido, traficantes de vários países tentariam ganhar dinheiro com o produto. Como ocorre com todas as drogas ilegais, o comércio de tabaco contribuiria para o aumento da violência nas cidades e no campo.


Cigarros turbinados

Os cigarros comuns, vendidos legalmente, têm mais de 4 mil substâncias tóxicas. Caso o tabaco fosse proibido, os produtores ilegais poderiam fazer cigarros mais mortíferos e com potencial para criar uma dependência ainda maior, como o fumo tipo Y-1, com o dobro de nicotina da planta tradicional.


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Sobre o autor: Pensei vagamente em estudar História da Arte. Acabaria como todos que eu conheço que estudaram História, fazendo outra coisa. Poupei-me daquela outra coisa, mesmo que não tenha me formado em nada e acabado fazendo esta estranha outra coisa, que é dar palpites sobre todas as coisas no meu Blog e agora no Croatt.

Comentários

  1. Acaba que o mundo já está tão dependente dessa droga, que se retirassem seu uso, pioraria a situação.

    Mas por outro lado, É ruim dos dois jeitos. Os dois lados matam.
    Mas qual dos dois mata mais? E em qual período de tempo?

    O importante é cuidar do corpo e da mente. Sem usar drogas.

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  2. Clandestinidade não, se as coisas chegassem a esse ponto, eu pararia, com toda certeza. Já diminuí bastante o meu consumo, logo pararei.

    Um abraço!!!

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