Ah

Então, a confusão domina, não somos mais tão jovens, não somos tão jovens. A destruição bate a porta, o monstro se levanta e atende. Não é hora de descansar mais, é hora de acordar e tornar tudo cinzas. O monstro se senta na grama e admira o céu, é tão belo, as estrelas brilhando em sua eternidade quase infinita e os planetas refletindo, buscando de alguma forma, essa luz. Nada disso faz mais sentido, apenas há demônios e anjos andando pela Terra, e entre tantos, há uma pequena quantidade de monstros que vagam para receber a dor que não querem mais sentir e viver memórias que nunca desejariam ter vivido. Em nome de Deus, destroem vidas e consomem nações em fogo, o mesmo fogo fátuo que arde nos corações distorcidos e suprimidos. Nada disso faz mais sentido. A ignorância se torna uma maldição. A busca pela sabedoria tenta consertar o que falta, mas nada completa. As eras são definidas, o tempo em si é finito e enquanto morre, leva o máximo de coisas que puder com seu fim. O monstro volta ao seu quarto, fecha a porta, deita em sua cama e olha para o teto. Nada daquilo existe, é tudo apenas uma mera simulação, os diferentes véus que cobrem os olhos dos homens, cerceiam sua visão. A superficialidade é fantástica. Perfeita até. A noção de profundidade talvez possa ser interpretada da mesma forma. Consuma-se em chamas.

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