O Silencio

Eu era o barulho, e ele o Silencio.
Se as pessoas fossem chuva, ele era a Garoa, e eu o furacão. 
Desde que quando eu me lembro foi assim, e eu adorava aquele Silencio, aquela doce Garoa. Talvez fosse por isso que eu o queria tanto para mim, porque eu não aguentava o meu barulho, queria o Silencio dele. 

Queria me afogar nele, me afogar em seu Silencio. Ele nunca deixou. 
Não caro leitor, não. Apesar que, sim... Eu sou dramática, qual furacão não é? Mas busco não ser agora, falo de peito aberto e lágrimas nos olhos. Falo para aquele Silencio. Sim aquele ali leitor, sentado no banco da praça. Repare em seus olhos, lindos não? 
Dizem que os opostos se atraem, talvez sim, talvez não, te digo no final. Final de tudo, o real final, se eu ainda estiver aqui. Se ainda não tiver me afogado, ou me perdido em meu furacão tentando encontrar o seu Silencio. 

Se vou me afogar? Te digo no final. Agora a resposta não cabe a mim, sim ao Silencio sentado no banco da praça.

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