Se lhe abro
Se abro teu peito, arde e inunda tudo ao redor;
Queima como o gelo, não como chama quente.
Se abro teus lábios, a melancolia canta sobre a manhã,
Com um sopro inunda os céus.
Se abro tua mente, logo exalam pensamentos, marcados e atormentados.
Fluem como zona de alta pressão, em direção aos leves ares.
Se lhe deixam cerrada,
Não arde, não inunda.
Não canta, não sopra,
Não exala, não flui.
Se usas das chaves que te trancam para abrir ao mundo quem tu és,
Não eterniza em refrigério,
Não decifra toda agrura,
Não dá a todos os meios um fim.
Mas se lhe abro,
Revela a beleza de tua intensidade,
Faz ver tua força, e a descobre.
E abranda toda alma antes dos teus apocalipses.
Dai-me as tuas chaves.
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