Terra dos Homens


 


Na terra dos homens,
Há verdades e enganos.
Eles se dizem livres,
Mas não sabem que há um rei.

O rei que a todos controla
É invisível como o vento,
Quando se faz presente,
O seu passar oscila em leve sopro,
Reflete na vibração das folhas.

Não obstante, descrêem que ele existe.
Seria loucura tentar ver,
Se é mais fácil ignorar o que é invisível,
Viver sob o filtro que dissimula a vida em liberdade.

Na terra dos homens,
Dizem que não há leis.
Cada um faz sua escolha
Sem saber que foram direcionadas.

Os homens se dizem felizes,
Mas não sentem a felicidade.
Conhecem apenas alguns sinônimos,
Com isso se contentam.

Na terra dos homens,
Existem aqueles que são loucos,
Que dizem a todos que estão enganados,
Que estão sendo controlados.

Os loucos falam com o vento,
Brigam contra o seu soprar.
Os sóbrios são apenas levados por ele,
Seguem por onde o fazem voar.

Quem acorda pela manhã,
Na terra dos homens,
Não se lembra dos sonhos da noite.
Eles assim preferem; pois sem lembranças não há pesadelos.

Na terra dos homens,
Existe um palácio invisível.
De lá, o rei que o habita enxerga a todo lugar.
De tudo o que pode influenciar,
só não o pode fazer nos sonhos dos que dormem.

Viver na terra dos homens
É estar nos balançares do contentamento.
Enquanto todos vivem bem,
Um a todos dá os olhos do bem viver.

Entre verdades e enganos,
Enquanto os loucos se aceitam loucos
E não acham na sobriedade a verdadeira loucura,
Na terra dos homens,
A expectativa nunca se quebrará em veracidade.

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