Queria

Queria poder sentir quando quisesse
Poder chorar quando desse vontade
Chorar só lágrimas salgadas
Só aqui, esperando o final

Final em que as cortinas se fecham
Em meio à um palco de madeira
Meio sujo no chão
Sujo de poeira e cheio de vida

Vida essa que é feita de visões
Essa visão de agora, cheia de teias
Visão permeada de confusão
Permeada de pura perdição

Perdição que não me deixa chorar
Que não espera lágrimas de mim
Não aguarda eu me abrir um pouco mais
Aguarda só o tempo passar

Passar cheio de histórias pra contar
Cheio de memórias que não vivi
De livros que nunca escrevi
Livros empoeirados em cima do palco

Palco perdido
Perdido e epífano
E ligeiramente efêmero
Ligeiramente amado

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Citações Interessantes do Livro: O Temor do Sábio

Previsão: A Crônica do Matador do Rei - A Porta de Pedra