Ícarus - Anno 2015

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Esse foi o ano em que mais uma vez busquei o passado, tentando resgatar ao menos uma parte de quem era.
Descobri ser impossível tal tarefa. Existem nebulosas obscuras que nos separavam do passado.
Se pudesse resumir em uma palavra para descrever esse ano, seria solidão.

A solidão me levou ao fundo do poço em diversos momentos.
Me perdi por entre as veredas da alma. Fez com que me perdesse tantas vezes.
E houveram momentos em que deitava de noite no colchão, pedindo que tudo acabasse na escuridão.

Ela me guiou também para a porta.
Por mais estranho que possa parecer, ela foi o carcereiro e também o libertador.
Aproximando-me da porta, desconfiei se seguro seria.
Quando a abri e deu o primeiro passo ao lado de fora, me vi caindo em um abismo aterrador.

Sorte que nesse ano reaprendi a voar.

E nos meus sonhos todas as noites, ergo minhas asas para a noite e digo adeus.
Obrigado vida, por me alar.

Ergo-me novo. Viajo para longe hoje. Porém não para fugir, como antes.

É que quando se voa, tem-se sede de sol.



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