Assombrados


Hoje é dia 30 de novembro de 2017 e tenho pensado bastante sobre o futuro.
Talvez até a publicação desse texto, eu não esteja vivo, talvez esteja.
Seria estranho um texto ser publicado quando o autor não está mais vivo.

Acordei hoje sem nenhum alarme, depois de sonhar mais uma vez com ela.
Não era um sonho como os outros, em que ou eu nunca a encontrava ou ela era apenas um fantasma,
Nesse sonho de alguma forma, ela sabia que eu queria falar com ela,
De alguma forma, ela vinha até mim e nós conversávamos sobre tudo isso.

Aconteceram algumas coisas abstratas, como quando eu a abracei e fechei os olhos,
Quando os abri, eu havia abraçado uma estátua, e ela estava sentada em um sofá próximo,
Olhando e rindo levemente de como eu havia ficado bobo.

No sonho nós voltávamos a namorar, nós não estávamos felizes,
Mas sim interessados no que o outro havia vivido.
Era estranho e simultaneamente reconfortante e desolador.

Fico pensando sobre isso continuamente,
como pode ser que eu tenha "perseguido" tanto,
Uma mesma pessoa, todo esse tempo?

Como alguém pode ter me marcado tanto que meus sonhos as têm,
Que meu cérebro se sente na obrigação de incluí-la nos sonhos que mais me incomodam.

Me sinto absurdamente assombrado,
E é como se minha assombração andasse sobre a terra,
Sendo que a qualquer momento eu pudesse trombar com ela por aí,
E aí?

Ignoramos, conversamos, choramos? Sorrimos?
Por enquanto, estamos apenas sendo assombrados.

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