Paris, 5 de dezembro de 2017, 10h02

 
Às vezes, quando pensamos demais, esses pensamentos criados voltam pra nos atormentar. É estranho estar preso em um estilo de escritura travada, como se não pudéssemos fugir do que somos. Como se aos poucos a prisão fosse tomando conta de quem somos. Mas não é como se quiséssemos fugir. É estranho como esses pequenos trechos de vida tomam conta do todo quando não prestamos atenção. Ok, não precisamos falar tudo em metáforas. O que aconteceu foi o seguinte, basicamente, eu estou me sentindo mal porque usei uma parte do amor que possuía, pra amar alguém e no fim, deu tudo errado porque aparentemente não se pode fazer isso no belo mundo de hoje.

Não é como se fosse uma lição que eu já não tivesse aprendido. O mais engraçado é como alguns vídeos influenciam ou ironizam minha vida. Hoje cedo por exemplo, abri meu feed de notícias no facebook e tinha lá um vídeo de um garoto aparentemente da minha idade, que foi aprovado em um concurso pra ser juiz federal. Suas roupas estavam em perfeito estado, usava seu sapato mocassim, um bom relógio no pulso, postura impecável, linguagem com dicção perfeita. Uma parte de mim sabe que posso me tornar ele, uma parte de mim pensa “o que um garoto com todos os privilégios, sabe sobre justiça?” e uma outra parte me faz imaginar qual parte do seu discurso sobre sua grande inteligência emocional, principalmente em como devemos ser humildes, estaria o divertindo mais que qualquer coisa.

Se torna complexo a cada dia encontrar mais psicopatas fantasiados de heróis e sendo endossados pela mídia.

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