História Experimental: amamos bem demais - #3/5 - 1min de leitura



Sinto que de alguma forma aqui anoitece mais tarde que o comum. É quase como se a cidade quisesse que nós produzíssemos um pouco mais. Ela pedisse e perguntasse o que você fez de interessante no dia de hoje que justifica você estar parado?

Pobres delírios de um rapaz solitário. Não se importe. Não são importantes. Eu sempre acreditei que você fosse a única pessoa do mundo que poderia me salvar. Eu sempre acreditei que tudo é ilusão também, então não se preocupe. Hoje o livro que li dizia "estamos próximos demais do desespero", será que me anestesiei tanto que não vejo quão claro é isso ao autor?

Sendo o autor de vários anos atrás, ainda sim, me pergunto como ele pôde ver algo assim. Talvez já estamos todos desesperados, bebendo álcool pra disfarçar nosso mal-estar em fazer tanto em tão pouco tempo. Quanto de mim é adaptação e quanto de mim é natural?

Deve ser terrível terminar cada parágrafo com uma interrogação. Talvez devesse dar alguma resposta simples, algo direto. Hoje nasci em um dia nublado. O céu expressa-se em cinza sobre cinza, o frio é palpável, mas logo à tarde, fará um terrível calor. Próximo das 17h voltará a chover. Já disse que a chuva aqui tem hora marcada pra cair. Abro meus olhos e seus olhos, tantos... me vêem à mente. Talvez a melhor resposta que eu possa te dar é que estamos aqui sem motivo algum.

Apenas existimos e a escolha de tornar sua existência em algo relevante, é toda sua.

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